É preciso aumentar o salário mínimo!

CGTP-IN promove<br>semana de luta

A CGTP iniciou no dia 26 uma semana de greves, concentrações e manifestações em defesa da contratação colectiva, da redução dos horários de trabalho e do aumento dos salários.

Impõe-se o aumento imediato do salário mínimo para 515 euros

LUSA

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A semana de luta iniciou-se no distrito de Braga com acções que visaram, entre outros aspectos, denunciar os bloqueios à contratação colectiva, o roubo nos salários e pensões, a repressão e a discriminação, bem como defender o aumento dos salários e do salário mínimo nacional (SMN) para 515 a partir de 1 de Junho, ou a redução dos horários de trabalho. Nesta primeira jornada de luta, houve uma acção de informação e protesto dos trabalhadores da Coelima, em Guimarães, um plenário público junto às instalações da Fehst Componentes, em Braga – iniciativas que contaram com a presença do secretário-geral da Inter, Arménio Carlos –, e uma concentração, em Guimarães, dos trabalhadores da Função Pública do distrito Braga.

Para além disso, a Comissão Executiva do Conselho Nacional da CGTP-IN reuniu-se nas instalações do SITE Norte em Braga, para discutir acções em torno da semana de luta e fazer um balanço sobre as eleições para o Parlamento Europeu. Neste contexto, a Intersindical realçou a grande derrota sofrida pela coligação PSD-CDS/PP e o desejo expresso pelo povo português de romper com a política de direita imposta pelo Governo e pela troika.
O resultado destas eleições retira ao Governo legitimidade para avançar com novas e mais gravosas medidas contra os trabalhadores e o povo, como sejam o ataque à contratação colectiva, a perpetuação dos cortes nos salários e nas pensões ou prosseguir com a chamada reforma do Estado para despedir trabalhadores e destruir os serviços públicos, afirma a central sindical numa nota.
Para a CGTP, o Presidente da República deve «respeitar o sentido de voto dos portugueses», demitir o Governo e convocar eleições antecipadas – exigência que estará presente nas manifestações convocadas para 14 e 21 de Junho, no Porto e em Lisboa, respectivamente, para dizer «basta!» à política de exploração e empobrecimento dos trabalhadores e do País.
Destacando a urgência de implementar novas políticas que coloquem «os interesses dos trabalhadores e do povo à frente da tirania dos mercados», a Inter exorta os trabalhadores, no imediato – quando se assinala o 40.º aniversário da implementação do SMN –, a intensificar a luta pelo aumento dos salários e a actualização do SMN, para «melhorar a qualidade de vida, promover uma mais justa repartição da riqueza e dinamizar a procura interna e a economia».

Intensa semana de protesto


Contra o bloqueio à contratação colectiva e pelo aumento dos salários e do salário mínimo nacional para 515 euros a partir de 1 de Junho, ao longo da semana estão previstas concentrações e distribuições de documentos nos distritos de Évora, Aveiro, Faro, Guarda e Vila Real.
Nos distritos de Lisboa e Setúbal, haverá desfiles, manifestações e concentrações em defesa da contratação colectiva e da redução dos horários de trabalho, do aumento dos salários e do pagamento do trabalho suplementar de acordo com o estabelecido no contrato; contra o ataque a direitos, a repressão e a discriminação.
Haverá greves na Soporcel/Portucel, na Figueira da Foz (contra o ataque a direitos, a redução do pagamento do trabalho suplementar e a eliminação do descanso compensatório), na Administração Local do distrito de Coimbra (contra as perseguições a trabalhadores), na Kemet, em Évora (contra o despedimento colectivo de 127 trabalhadores), na Restflight (pelo aumento dos salários e a defesa do IRCT) e nas escolas públicas do distrito de Castelo Branco (pela contratação de mais pessoal).
Os trabalhadores do Hotel Navegadores (Monte Gordo) vão realizar uma concentração pelo pagamento dos salários e dos dias feriados, e em defesa do CCT; os trabalhadores da Câmara Municipal de Lisboa concentrar-se-ão em protesto contra a transferência para as juntas de freguesia, enquanto os da Administração Local de Évora irão defender a proposta reivindicativa do STAL e o aumento dos salários. Foram também convocadas acções junto às administrações das empresas Soares da Costa e Adira Ramos (Porto), em defesa de aumentos salariais e melhores condições de vida, e uma acção de denúncia pública do despedimento colectivo de 11 trabalhadores no Hotel Marriott, em Óbidos.




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